O filme apresenta o poema escrito em latim por Horácio, no tempo da decadência do Império Romano, chamado de tempo de cada um por si ou carpe diem, aproveite cada tempo disponível, pois não se sabe o que virá a seguir.
“Colha logo seus botões de rosa,
pois o tempo vai correndo
está flor que hoje sorri cheirosa,
amanhã estará morrendo”
Carpe diem significa “Aproveite o dia”, como diz o professor John Keating “torne sua vida extraordinária” porque um dia todos nós vamos morrer. Devemos viver cada dia aproveitando cada momento disponível e usufruindo de todas as coisas boas existentes na vida.
No primeiro dia ao lecionar, o professor Keating já levou seus alunos para um ambiente diferente da sala de aula, e instigou a participação deles. Tem uma cena que ele manda seus alunos rasgarem as páginas de um livro que apresentava textos com poucas reflexões e fala da importância de apreciar as palavras e a linguagem. Palavras e imagens podem mudar o mundo. A raça humana está cheia de paixão, poesia, beleza, romance, por isso nos sentimos vivos. Quando é criticado por seus colegas de trabalho por sua didática diferente e ousada, diz que a sua intenção não é formar artistas, mas pensadores livres. Suas aulas além de ter uma metodologia criativa, engraçada, reflexiva e participativa, busca possibilitar liberdade para seus alunos, diferente do modelo da escola que visa apenas preparar o aluno para as Universidades.
O modelo da escola atual como no filme, mostra uma educação que se preocupa com as notas e avaliações dos alunos como se isso demonstrasse realmente o seu desempenho escolar. Também segue minunciosamente o currículo e a metodologia, sem fugir dos conteúdos específicos. Segue com ordem e disciplina, e prepara o aluno para a faculdade, quando na verdade deveria estar o preparando para a vida. Fora, que até hoje seguimos o modelo de carteiras enfileiradas e uma lousa na frente, no qual a maioria das aulas são oferecidas nesse mesmo espaço. Felizmente algumas coisas têm sido melhoradas e aos poucos a educação vêm se transformando.
O filme também mostra a relação rígida entre um pai e filho. O pai do garoto (Neil) desejava (praticamente exigia) que ele se formasse em medicina, já no início do filme corta o filho de participar de um jornal que ele gostava para ter que se dedicar em outras áreas. Determinado a seguir o que gosta Neil Perry recria a sociedade dos poetas mortos, românticos em busca de “Sugar a essência da vida”. Desde pequeno ele sonhava em se tornar ator, e consegue um papel no teatro, quando seu pai descobre, ocorre a represaria e o cerceamento. A atitude do pai do garoto é egoísta, não se importa com os desejos e sonhos do filme. O garoto é levado ao extremo, não consegue enfrentar seu pai e acaba preferindo morrer do que viver uma vida do qual não estava satisfeito. É realmente amargo e triste seu suicídio. E essa relação de pai e filho demonstra claramente a falta de empatia, dialogo e amor.
É uma pena que no final do filme o professor Keating foi considerado culpado e responsável pelo suicídio de seu aluno Neil. Ele acaba sendo expulso da escola. Porém, seus alunos fazem uma homenagem a ele no final. Mostrando que ele fez a diferença na vida deles.
Infelizmente nós somos poucos incentivados nesta área artística, e deveríamos ser estimulados, pois ela trabalha nosso lado criativo e emocional, o ser humano na sua mais linda face. Cercear significa cortar pela raiz, quando fazemos isso com alguém, estamos retirando a sua essência, além de colocarmos barreira em seus sonhos, modificamos o seu ser. Muitos adultos se tornam ranzinzas porque não se sentiram completos e felizes em sua vida, e quando somos crianças e jovens, nós somos alegres e enxergamos infinitas possibilidades que vão se desfazendo conforme vamos crescendo. É mais fácil as pessoas duvidarem de você do que te motivar. Por isso é importante ter um emocional e um psicológico bom. Para ser fortes o suficiente para vencer qualquer desavença sem desanimar ou desistir. E sempre continuar a busca por nossos sonhos e ideais. CARPE DIEM
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