Ishan é diferente de seus colegas. Ele é tratado pelos professores como idiota, preguiçoso, que não consegue aprender. Sofre excessos de castigos, broncas e humilhações. Sua dificuldade só se intensifica, se transformando em raiva e tristeza. Sua família decide manda-lo para o internato, o que só piora a situação. Além de ficar longe da família e da sua casa, ele começa a se sentir sozinho e desamparado, seu comportamento antes feliz e criativo vai se tornando deprimido e isolado, pois sofre diversas humilhações dos professores (confesso que chorei muito).
É visível que a escola de Ishan não sabe trabalhar as diferenças, quando o professor Ram conversa com o diretor afirmando que ele sofre com dislexia, o diretor sugere que ele possa ser mandado para uma escola especial e diz que é impossível em uma sala de 40 alunos o professor dar uma atenção diferenciada para um aluno. Ou seja, ou você segue o padrão, competitivo, com modelo de proficiência para o sucesso, ou a escola não é o lugar certo para você.
Felizmente aparece o professor Ram (inspirador) com suas aulas diferenciadas e atraentes, despertando nos alunos a curiosidade, o que os levam a uma aprendizagem significativa. Ele também teve um olhar diferenciado para aquele aluno cabisbaixo (Ishan), e em nenhum momento o destratou, mas procurou entende-lo e ajuda-lo descobrindo seu problema e seu potencial.
A prática pedagógica reflexiva como o próprio nome diz requer um professor crítico em constante reflexão sobre a pedagogia, ou seja, sobre seus métodos de aprendizagem, e que esteja em constante formação. A escola de Ishan possui o método tradicional, carteiras enfileiradas, o professor como único detentor do saber, metodologia pouco atraente e motivacional, o professor grita em sala de aula e coloca os alunos para fora de castigo, sem a menor preocupação de entender o aluno ou revisar a sua prática.
O professor pode despertar no aluno o interesse de aprender. Trazendo para sala de aulas metodologias diversas, trabalhar os conteúdos de maneira atraente e diversa, procurando formas que melhorem a compreensão e a aprendizagem do educando. No filme podemos observar as dificuldades sofridas por Ishan, e para disfarçar isso ele usa o ato de rebeldia, de dizer que “não quero fazer” ao invés de “não consigo fazer”. Nós professores temos que estar atentos a isso. E sempre devemos tentar compreender o aluno, acreditar no seu potencial. A não aprendizagem pode ser causada por N fatores, como dificuldades de aprendizagem, metodologias tradicionais, problemas na família, etc. Devemos avaliar de uma forma ampla, revisar nossos métodos, procurar atividades significativas, instigar no aluno o interesse de aprender e levar em contas suas dificuldades. Isso de fato irá favorecer o ensino-aprendizagem.
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